No dia 3 de Novembro de 1850, em sessão solene realizada no Teatro Apolo, fundava-se o Gabinete Português de Leitura de Pernambuco. Partiu do Comendador Miguel José Alves, então Chanceler do Consulado de Portugal de Pernambuco, a idéia que passou depois a figurar no artº. 1º.dos Estatutos do próprio Gabinete: “Unir os portugueses residentes em Pernambuco, fomentando a unidade moral e congregando-os no culto à Pátria Portuguesa e amor ao Brasil”. Coube entretanto, ao cirurgião e jornalista João Vicente Martins, constituir a primeira diretória, reunir os primeiros associados e promover a fundação propriamente dita da Instituição.

     A primeira sede do Gabinete Português de Leitura foi num edifício do Bairro do Recife, situado na Rua da Cadeia Velha (atual Marquês de Olinda), de onde passou para outro, hoje já demolido e que ficava onde atualmente se ergue o prédio da Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco. Entretanto, as sucessivas directorias nunca descuraram da necessidade de dar à Instituição uma Sede própria que pudesse abrigar o seu acervo sempre crescente e estivesse à altura das suas finalidades, podendo, inclusive, melhor oferecer os serviços que já então prestava à comunidade recifense. Desta justificada ambição ou necessidade é que surgiu o edifício nº. 290 da Rua do Imperador Pedro II, concluído em 1921, sede própria do Gabinete Português de Leitura em Pernambuco, onde funciona atualmente.

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